40 oficinas serão realizadas durante a 15ª Jornada de Agroecologia

Em uma programação recheada de atividades, a 15ª edição da Jornada de Agroecologia, que acontece pela primeira vez na cidade da Lapa (PR), de 27 a 30 de julho, realizará 40 oficinas de troca de experiências agroecológicas nesse ano.

Programadas para acontecer na quinta-feira (28), as oficinas abordarão diversos temas que perpassam pela construção da agroecologia, priorizando as experiências que já existem na região sul do Paraná.

Segundo Iara Pina, coordenadora da frente de trabalho das oficinas da Jornada, nessa edição não foram abertas vagas para inscrever ou propor oficinas.

“Queremos fortalecer e mostrar a diversidade de experiências agroecológicas existentes na região sul, entre as famílias camponesas e entre as instituições de ensino, pesquisa e extensão, por isso não foram abertas vagas para novas oficinas, mas desde já queremos convidar as/os oficineiras/os que, historicamente, contribuem com a condução das oficinas para participarem da nossa 15a Jornada de Agroecologia, pois se hoje existem essas experiências consolidadas, que serão trabalhadas nas oficinas, é porque são frutos da troca de saberes durante as várias Jornadas de Agroecologia”.

Iara explica que serão abordados temas como: Sistemas Agroflorestais, Bioenergia, Homeopatia, Produção de Morango Orgânico, Manejo e Poda em Pomares, Pigmento Natural, Produção de Leite em Base Ecológica, entre outras, e que “é um método que prioriza a construção do diálogo e a troca de saberes a partir vivência prática e real”. Ela comenta que as atividades práticas acontecerão no Assentamento Contestado, no IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná) e no CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia).

O Assentamento Contestado, será um dos locais a receber os participantes da Jornada. Na área de reforma agrária do MST, os assentados estão se preparando para receber 16 oficinas.

Antonia e Antonio Capitani, assentados no Contestado, estão se preparando para receber mais de 40 participantes da Jornada em seu lote. Eles serão responsáveis por dar a oficina de Agrofloresta- sistema de produção consorciados de culturas agrícolas com espécies de arvores, hortaliças, tubérculos, etc, de maneira simultânea ou numa sequência de tempo.

“Queremos que todos vejam que daqui, dessa forma de produzir nas Agroflorestas com a agroecologia, é possível cuidar do ambiente, da natureza, da nossa saúde e da vida, ter um ser humano mais consciente, e garantir que a família tenha o vínculo com a terra, produzindo uma alimentação saudável”, afirma Capitani.

Antonia explica que no dia da oficina o grupo será divido por frente de trabalho para aprender o processo todo na prática. “Já preparamos aqui um canteiro para demonstração e outro para trabalharmos no dia com os participantes. O pessoal vai ver na prática a forma de produzir, a plantação consorciada, a preparação dos canteiros, adubação, a cobertura dos canteiros com as palhadas”, explica.

Capitani e Antonia estão bastante animados por poder receber as oficinas no assentamento e em seu lote, e afirmam que o espaço será um momento muito rico para aprender e ensinar, e fortalecer a agroecologia.

“Queremos incentivar as pessoas de outras regiões e estados a produzir com responsabilidade e qualidade. Tomara que o que estamos fazendo aqui sirva de inspiração para mais pessoas construir em seus locais, produzir uma alimentação saudável com qualidade a partir da agroecologia nas Agroflorestas”.

Compartilhe este artigo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *