27 de julho de 2016

Jornada de Agroecologia completa 15 anos e registra avanços na educação no campo

  Por Camila Rodrigues da Silva e Michele Torinelli   Amar o campo ao fazer a plantação,/ Não envenenar o campo é purificar o pão/ Amar a terra e nela plantar semente / a gente cultiva ela, e ela cultiva a gente   Ao som de “Caminhos Alternativos”, do poeta Zé Pinto, começou nesta quarta (27) a 15ª Jornada de Agroecologia em Lapa, sul do Paraná –  que se estende até sábado (30). Mais de 3 mil pessoas de todo o país participam do evento, além da brigada internacionalista, que conta com militantes do movimento campesino da América Latina e da Europa.   Os 15 anos da Jornada trouxeram avanços importantes relacionados principalmente à educação do campo. O dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Paraná (MST-PR) Armelindo Maia, conhecido como Beá, elencou algumas delas: “Temos nossas escolas de agroecologia de ensino médio e graduação, a Escola Latino Americana de Agroecologia, que está na 4ª turma; mudança das grades de educação no campo na rede de escolas de ensino fundamental e médio, mais próxima da nossa realidade; além de universidades com cursos de graduação e mestrado”, enumerou.   Análise de conjuntura     “Essa Jornada não é mais só do Paraná nem só de agroecologia. É um encontro, um festival que se transformou em uma referência no Brasil e em toda a América Latina”, definiu João Pedro Stedile, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que iniciou as atividades com uma análise de conjuntura junto ao militante de agroecologia, Vanderley Ziger.   Stedile destacou os interesses do capital no golpe em curso no Brasil. “Em momentos de crise, a primeira medida é aumentar a exploração sobre o trabalho, diminuindo salário, botando metade dos trabalhadores na rua.  A segunda é disputar a mais-valia social, ou seja, […]