Seminário debate 20 anos de educação do campo

A trajetória da educação do campo no Paraná foi debatida no segundo dia de Jornada

Letícia Stasiak, da Comunicação da 17ª Jornada de Agroecologia

O Seminário sobre Educação do Campo e Agroecologia foi uma das atividades da programação da 17ª Jornada de Agroecologia na manhã dessa quinta-feira (7), no Anfiteatro 100 da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A educação do campo completa 20 anos em 2018 e o seminário trouxe a perspectiva de olhar para todos esses anos de história, apontar as conquistas alcançadas e apresentar o que avançou. “Queríamos refazer um pouco do caminho da educação do campo e assim entender como seguimos daqui para frente, continuando a resistência e o compromisso com o Estado do Paraná”, afirmou Maria Izabel Farias, representante da Articulação Paranaense por uma Educação do Campo.  

Maria Izabel Farias, representante da Articulação Paranaense por uma Educação do Campo | Foto: Leandro Taques

Participaram do espaço representantes do Projeto Escola Itinerante, da Articulação Paranaense Por Uma Educação do Campo, Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural (Assessoar), Educação de Jovens e Adultos (EJA) e professoras dos cursos de Pedagogia da Terra de universidades do Paraná. 

Na oportunidade, cada pessoa expôs marcos na história de seus projetos e trouxe símbolos que representassem os movimentos, os quais foram colocados em um mapa na parede, simbolizando os 20 anos da educação do campo no Paraná. Este mapa será disponibilizado em meio digital.

Educação do Campo e Agroecologia na construção da emancipação | Foto: Leandro Taques

Entre as conquistas, foram assinaladas a formação de milhares de educadores na luta pela terra, criação de cursos de pedagogia da terra em universidades federais e estaduais, a consolidação das escolas itinerantes e a implantação do método cubano de alfabetização “Sim eu posso”.

Ao final, houve o reconhecimento da trajetória da Articulação Paranaense de Educação do Campo e foram apontadas ações que precisam ser realizadas daqui para frente. “O que percebemos é que há uma necessidade colocada hoje de fortalecer a luta dos movimentos sociais pela educação do campo, porque sem isso não conseguiremos manter as conquistas já alcançadas pela Articulação. Pode ser uma possibilidade real de retrocesso, por isso é fundamental fortalecermos a luta organizada e articulada dos movimentos sociais, em prol da educação do campo”, reafirmou João Campos, representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. 

Foto: Leandro Taques
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