Agroecologia é tema de exposição de charges em Curitiba

Exposição reúne obras de 34 artistas de seis países, durante a 19ª Jornada de Agroecologia, entre os dias 22 e 26 de junho

Por Coletivo de comunicação da Jornada de Agroecologia 

A 19ª Jornada de Agroecologia chega a Curitiba entre os dias 22 e 26 de junho com muitas novidades. Entre elas está a exposição “Charges pela Agroecologia”, que vai reunir 34 chargistas, caricaturistas e ilustradores de 13 estados brasileiros e de cinco outros países – Polônia, Espanha, México, Palestina e Bélgica.

A iniciativa é organizada pela Coordenação da Jornada de Agroecologia junto a cinco coletivos de chargistas: Grupo POSTe, Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo (AQC), Revista Pirralha e Revista Grifo. 

O objetivo é aproximar ainda mais a charge como forma de promoção e divulgação da Agroecologia, com linguagem que traduz, provoca e comunica a luta da Jornada, expressa no lema: “Terra Livre de Transgênicos e Sem Agrotóxicos! Cuidando da Terra, Cultivando Biodiversidade e Colhendo Soberania Alimentar! Construindo o Projeto Popular para a Agricultura!”

Eduardo Affine Neto, integrante do Grupo POSTe e um dos artistas organizadores da exposição, explica que a linguagem da charge une os elementos verbais e não verbais. E pode ir além de “piadas gráficas”, são ferramentas para denunciar e criticar as situações do cotidiano relacionadas à política e à sociedade. “Neste momento, é urgente denunciar a quantidade de agrotóxicos lançados nos pratos dos brasileiros”, enfatiza Neto, se referindo ao crescimento da liberação no uso de agrotóxicos no Brasil. 

Desde o início do governo Bolsonaro, quase 1.750 novos agrotóxicos foram liberados – cerca deles 30% são considerados até extremamente tóxicos para a saúde humana, 30% são proibidos na União Europeia, conforme dados da DOU/EU Pesticide Database e da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.

“Mas não podemos focar somente na denúncia destes dados. Temos que mostrar que podemos evitar o rompimento do equilíbrio ecológico que dá estabilidade aos ecossistemas naturais. A agroecologia é a saída, porque orienta a adoção de tecnologias e práticas em sistemas de produção, procurando imitar os processos como ocorrem na natureza, sendo uma ferramenta para o desenvolvimento sustentável”, completa. 

A exposição terá 50 charges, enviadas por meio de mobilização nos grupos. A participação dos artistas foi aberta e sem remuneração, e com a permissão do uso das imagens sem fins lucrativos, com indicação de créditos.

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