Por: Jefferson Lopes
O seminário, que aconteceu nesta sexta-feira, 24, durante a programação da 20ª jornada de agroecologia, foi ministrado por Cristina Sturmer dos Santos, do setor de cooperação, produção e meio ambiente do MST, e da direção da Cooperativa COPAVI em Paranacity- PR, e Roam Teixeira da Silva e Gisele David, coordenadores da juventude MST-PR.
Na interseção entre o verde exuberante da natureza e a energia vibrante da juventude, floresce um movimento revolucionário: a agroecologia. Nesse cenário, a agroecologia não é apenas uma prática agrícola sustentável, mas um compromisso apaixonado com o futuro do nosso planeta. A juventude, muitas vezes rotulada como desconectada do campo, emerge como guardiã dos princípios ecológicos, transformando quintais e fazendas em laboratórios de inovação ambiental.
Esses jovens agricultores, impulsionados por um desejo ardente de preservar a biodiversidade e resgatar métodos agrícolas tradicionais, desafiam os paradigmas convencionais. Cada semente plantada é uma aposta na sustentabilidade, cada colheita, uma celebração da coexistência harmoniosa entre seres humanos e ecossistemas. “Quando os produtores utilizam formas de plantio do agronegócio a tendência é que os jovens saiam do campo, e a agroecologia é mais que uma prática agrícola, é um modelo de vida saudável e melhor. Nem todos aqui no seminário tem uma agrofloresta em seus espaços, mas o interesse e a disseminação de informações para seus espaços é fundamental para o avanço da sociedade”, enfatiza Gisele David, sobre a prática agroecológica, e o quão fundamental é para a sociedade.
À medida que aram os campos com ferramentas modernas e ancestrais, a juventude agroecológica traz consigo uma visão audaciosa de comunidades rurais prósperas e ecologicamente equilibradas. Sua paixão transcende fronteiras, conectando pessoas urbanas e rurais em um diálogo de respeito mútuo pela terra que todos compartilhamos.
A agroecologia e juventude formam um elo indissolúvel, uma fonte de esperança em meio aos desafios ambientais. Este é um movimento que não apenas cultiva alimentos saudáveis, mas também semeia ideias que florescerão em um futuro mais sustentável e consciente.
“Como podemos construir um espaço de alegria, de desenvolvimento para os jovens, um melhor estado de espírito, com esse mundo de incertezas que vivemos? Uma ideia muito errada é de que a juventude é o futuro, não, nós somos o presente, nós já temos uma função, podemos ter um papel a desempenhar, não precisamos nos tornar adultos para serem ouvidos”, afirma Cristina Sturmer dos Santos.
Internacionalismo de jovens na luta agroecológica
Na vastidão dos campos e nas encruzilhadas globais, jovens na agroecologia se tornam embaixadores de um internacionalismo sustentável. Suas mãos, que semeiam a terra, se estendem além das fronteiras, criando uma rede de solidariedade que transcende culturas e continentes.
No coração desse internacionalismo, a juventude agroecológica compartilha conhecimentos, técnicas e experiências, unindo-se em um esforço conjunto para enfrentar desafios ambientais em escala global. Trocam-se não apenas sementes e colheitas, mas também ideias, inspirando um movimento coletivo em prol da agricultura sustentável.
” A ideia é que a juventude pertença ao espaço onde vive, e a agroecologia permite isso. A juventude não pode só saber sobre a agroecologia, mas também tem que fazer parte deste processo. A troca de experiências com os jovens de outros países no seminário é de extrema importância para o nosso avanço”, enfatiza Roam Teixeira.
Esses jovens agricultores tornam-se agentes de mudança, desafiando barreiras geográficas para construir pontes entre as nações. Em fóruns internacionais, intercâmbios e projetos colaborativos, eles não apenas cultivam alimentos, mas também cultivam entendimento mútuo, promovendo práticas agrícolas que respeitem a diversidade cultural e ambiental.
Que a sinfonia entre agroecologia e juventude ressoe, inspirando gerações a cuidar da terra com o mesmo entusiasmo com que dançam ao ritmo da mudança.
