
Para o poeta, a agroecologia foi o caminho que lhe inspirou e trouxe dignidade

João Pedro Stédile afirma que os movimentos populares devem se mobilizar para garantir eleições democráticas

Frente Brasil Popular reúne militância em Curitiba para fomentar organização de projeto de país pelas bases Por Paula Zarth Padilha, texto e fotos FETEC-CUT-PR Ao som de violeiros e sanfoneiros da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Frente Brasil Popular promoveu a Plenária Estadual dos Comitês Populares pela Democracia. “Dia de luta é dia de festa”, convocou a companheira da cantoria da terra para que a plateia do Teatro da Reitora se levantasse e dançasse. O debate cultural e de formação está inserido na programação da 17ª Jornada de Agroecologia, em Curitiba e foi realizado na fria manhã desta sexta-feira, 08 de junho, com participantes dos movimentos sociais e sindicais do campo e da cidade, da agricultura familiar e da reforma agrária, com o objetivo de compreender a conjuntura e tirar encaminhamentos na construção do Congresso do Povo, vislumbrando um projeto político para o país e a construção da hegemonia popular. Durante a plenária, Neuri Rosseto, da coordenação nacional do MST, contextualizou a conjuntura internacional e a crise do capitalismo como norteadores do momento político do Brasil e a partir desse contexto, elencou os desafios para a classe trabalhadora, os instrumentos de luta e os caminhos para a construção desse projeto político pela base. “Nós queremos que o projeto político desse país seja construção popular organizada e fruto da mobilização, para que o povo se sinta sujeito da construção desse projeto”, afirmou a liderança, traçando um comparativo com a campanha da Globo sobre “O Brasil que Queremos”, com foco no individualismo, que mantém os problemas isolados, sem relacionar com as causas e qual a saída para resolver. “Porque democracia mexe no poder do monopólio deles”, disse. “Queremos um mundo melhor, uma sociedade melhor para todos e não para poucos. Queremos mexer nas estruturas […]

Dez rótulos diferentes com produtos orgânicos estão sendo comercializados

Os debates voltaram-se às dificuldades sobre a saúde e os caminhos construídos pela agricultura familiar

Fala de Gelson dos Santos foi feita durante debate da 17ª Jornada da Agroecologia

Por Ana Carolina Caldas Brasil de Fato | Curitiba (PR) Um trabalho de cerca de 8 anos, realizado pela Professora Dra. Larissa Bombardi, da Universidade de São Paulo (USP), sobre o consumo de agrotóxicos no Brasil, resultou no Atlas Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia. Os dados contidos no material, levantados de 2007 a 2014, revelam que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo e o Paraná se destaca nas primeiras posições em diferentes categorias, sendo o Estado com maior número de intoxicações e suicídios causados por agrotóxicos direta ou indiretamente. Ao todo no Brasil, segundo dados do Atlas, foram 9000 pessoas que cometeram suicídio devido ao uso de agrotóxicos, já que a utilização continuada do veneno na produção agrícola aumenta as chances de desenvolvimento de quadro depressivo e, com o avanço da doença, cometerem a própria morte. Por ano, foram 1186 mortes. No Paraná, dos 3700 casos de intoxicação, foram 1633 causados por suicídios, seguido pelo estado de Pernambuco que aparece em segundo lugar. O tema foi debatido na Mesa “Consequências dos Agrotóxicos à Saúde Humana e à Natureza”, durante a 17º Jornada da Agroecologia, em Curitiba (PR). Larissa destacou que os dados foram colhidos a partir de diferentes fontes, porém, há muito ainda a ser aprofundado. “Podemos afirmar que muitos casos não são divulgados, como, por exemplo, os canceres e má formação fetal, que acabam não sendo contabilizados como causados pelo uso de agrotóxicos”. Ela explica que o Paraná surge nas primeiras colocações por ser um Estado de grande produção agrícola, mas também por existir um trabalho significativo de agentes como Ministério Público, Saúde Pública e do Observatório do Uso de Agrotóxicos, consequências para saúde humana e ambiental do Paraná, que fazem estes dados aparecerem a partir de denúncias. Também presente na mesa […]

Nesta sexta-feira (8), a partir das 16 horas, integrantes de movimentos populares e organizações populares do Paraná realizam uma marcha pela região central de Curitiba. O objetivo da caminhada é dialogar com a sociedade paranaense sobre a importância da produção de alimentos saudáveis, pelos trabalhadores assentados do Estado, reivindicar a retomada da democracia e a libertação do ex-presidente Lula, preso político há mais de 60 dias na capital do Estado. A concentração para a saída da caminhada será na Praça Santos Andrades, em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A atividade é realizada pela Frente Brasil Popular, sindicatos, Partido dos Trabalhadores (PT), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e organizações integrantes da 17ª Jornada de Agroecologia.

Marca registrada da Jornada de Agroecologia, espaço retrata história da agricultura e a resistência dos povos do campo ao processo hegemônico

Frio e chuva da capital paranaense não desanimam as delegações que participam da 17ª Jornada de Agroecologia