Feira da Agrobiodiversidade une campo e cidade

Espaço faz parte da 18ª Jornada de Agroecologia, que vai até o domingo (1º).

Texto: Rita Hilachuk – Cobertura Universitária da 18ª Jornada de Agroecologia
Fotos: Leandro Taques

Alimentos agroecológicos, produtos da Economia Solidária, livros, artesanatos e até sementes podem ser encontrados na Feira da Agrobiodiversidade Camponesa Popular, inaugurada na Praça Santos Andrade, em Curitiba, nesta quinta-feira (29). A feira faz parte da 18ª Jornada de Agroecologia, realizada pelo segundo ano consecutivo na capital paranaense. Na mesma praça, consumidores também encontram o melhor da comida paranaense, no espaço Culinária da Terra.

A Jornada de Agroecologia é um dos maiores eventos de divulgação da prática agroecológica no Brasil e a feira é o espaço onde é possível ver na prática que é possível produzir sem veneno. “Seria muito bom se tivesse pelo menos a cada 15 dias uma feira como essa. Eu sempre procuro consumir produtos orgânicos e aqui encontramos eles fresquinhos. É uma maravilha”, comenta o curitibano José Carlos Machado, uma das pessoas que passou pela feira nesta quinta.

Ao todo, serão 80 expositores. Participarão 21 cooperativas paranaenses, as cooperativas centrais da Reforma Agrária do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, cerca de 15 grupos quilombolas, indígenas e da agricultura familiar em geral.  

 No momento em que o governo brasileiro liberou mais de 290 agrotóxicos, a produção orgânica, como a dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) representa a resistência. “Assim a gente mostra a resistência e a organização dos assentamentos dos Sem Terra. Mostramos que é possível sim produzir produtos saudáveis sem o uso de agrotóxicos. A partir da diversidade de produtos, podemos divulgar na cidade tudo o que nós produzimos”, ressalta Paulo Roberto Czekalski, presidente da Associação de Estudos Orientação e Assistência Rural (Assesoar) e coordenador do Fórum Regional das Organizações e Movimentos Sociais do Campo e da Cidade do Sudoeste do Paraná.

Para uma produção mais saudáveis, Czekalski também destaca a necessidade de criar condições para que agricultores e agricultoras possam seguir produzindo sem veneno. “A agroecologia tem benefícios como a agricultura familiar, o respeito à natureza, sem o uso de agrotóxicos, e a recuperação de solos. Porém, a gente precisa ter condições para fazer essas produções, para poder levar para os assentamentos a agroecologia. E essa necessidade não é só de conhecimento, mas de equipamentos e de políticas públicas também”,

A Feira da Agrobiodiversidade Camponesa e Popular e Culinária da Terra vai funcionar das 8h às 20h, de 29 a 31 de agosto, e no dia 1º de setembro, das 8h às 16h.

Acesse aqui as principais informações da Jornada

  ➡ Programação Cultural 
  ➡ Programação geral
  ➡ Evento no facebook

Compartilhe este artigo

3 comentários

  1. […] expressivos comprovam as conquistas desta edição. O saldo da comercialização de alimentos na Feira da Agrobiodiversidade Camponesa e Popular e Culinária da Terra chegou a 18 toneladas – 15 vindas de produtores de áreas da reforma agrária e 3 da agricultura […]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *