Por que ainda há pessoas com fome no Brasil? 

O “Agro é Tech, Agro é Pop, Agro é Tudo”, será? Desde os anos 1970, a promessa desse modelo de produção é acabar com a fome no mundo. Isso iria acontecer pelo avanço das tecnologias no campo, do uso de agrotóxicos, e pela produção em larga escala de poucas variedades de plantas, como soja e milho. 

Entrega das Marmitas da Terra na ocupação Tiradentes, Cidade Industrial de Curitiba (CIC) durante a pandemia da Covid-19, em 2020. Foto: Ednubia Ghisi/MST-PR


O tempo passou, a produtividade do agro cresceu, e muito, com recordes a cada ano. Mas a fome continua cada vez mais presente. Hoje, no Brasil, são 21 milhões de pessoas que não têm o que comer todos os dias, e 70,3 milhões em insegurança alimentar no país. São 10 milhões de brasileiros/as desnutridos, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), de 2023. 

Se já não bastasse isso, esse modelo de produção de alimentos também tem piorado a crise ambiental e climática, ao poluir a água, destruir o solo, acabando com a natureza. 

A resposta para essa situação vem sendo cultivada há muitos anos. Quando camponeses e camponesas vêm recuperando solos e fazendo brotar comida boa, diversa e saudável. Isso tudo revigorando o meio ambiente, e com isso equilibrando o clima, com relações de trabalho justas. O nome desse jeito de produzir e de viver é agroecologia. 

No Paraná, existe um grande movimento para que esse modelo de produção de alimentos ganhe mais força. São as Jornadas de Agroecologia, organizadas desde 2002, em diversas cidades do Paraná. Neste ano, chegaremos à 20ª edição, de 22 a 26 de novembro, em Curitiba. Venha participar e conhecer de perto esse caminho para a comida boa para toda população e para o futuro do planeta.  

>> Este conteúdo faz parte da edição especial do Brasil de Fato PR sobre a 20ª de Agroecologia. Clique aqui para ler a edição completa

Compartilhe este artigo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *