Cantando amor e poesia, o cantor e compositor chega à Curitiba como parte da programação da 20ª Jornada de Agroecologia, no sábado, 25.
Foto de divulgação do artista
Quem ocupará o palco no sábado, 25, na 20ª Jornada de Agroecologia, será o cantor, compositor e jornalista Chico César. Nascido no interior da Paraíba, aos 21 anos mudou-se para São Paulo. Trabalhando como jornalista, aperfeiçoou-se em violão, multiplicou suas composições e começou a formar o seu público. Sua carreira artística tem repercussão internacional. A maioria de suas canções são poesias de alto poder de encanto linguístico.
Tornou-se nacional e internacionalmente conhecido em 1996 pela canção “Mama África”. O videoclipe da música ganhou o prêmio de “Melhor Videoclipe de MPB” no MTV Vídeo Music Brasil (VMB) de 1997, um dos marcos da MTV Brasil.
Em 2018, venceu a 29ª edição do Prêmio da Música Brasileira na categoria melhor álbum de “Pop/Rock/ Reggae/ Hiphop/ Funk” com o disco “Estado de Poesia”, disco que une a riqueza dos ritmos brasileiros à sonoridade universal. Num mesmo álbum, o cantor e compositor mistura samba, forró, frevo, toada e reggae.
Em suas músicas ele canta tanto o amor como o grito de protesto. Sua consciência de cidadão lhe dá garras para denunciar o racismo endêmico no Brasil (Negão), os limites da liberdade, a mercantilização da vida, o problema da pobreza e da droga e a dificuldade de ser gay numa sociedade repressiva.
20ª JORNADA DE AGROECOLOGIA
A Jornada de Agroecologia chegará a sua 20ª edição e Curitiba será novamente a anfitriã deste que é um dos maiores eventos brasileiros dedicados à temática. Pelo segundo ano consecutivo, a Jornada será realizada no campus Rebouças da Universidade Federal do Paraná (UFPR), av. Sete de Setembro, 2645, bairro Rebouças – ao lado do shopping Estação.
A ação é realizada de forma conjunta por cerca de 60 organizações, movimentos sociais e populares, coletivos e instituições de ensino e este ano acontece de 22 a 26 de novembro. Entre os objetivos centrais está mostrar ao grande público urbano os frutos da agroecologia e a sua viabilidade como modo de produção de alimentos e de vida saudável. A jornada também possibilita o intercâmbio de camponeses/as, povos originários e tradicionais, pesquisadores/as, estudantes e militantes dedicados às diversas lutas relacionadas.
Show, feira e formação
Como já é tradição o evento tem uma grande Feira da Agrobiodiversidade aberta ao público ao longo de todo o evento. A estimativa é reunir cerca de 60 feirantes, guardiãs de sementes, da economia solidária, produtores agroecológicos, vindos de todas as regiões do Paraná, do litoral e também de outros estados, com alimentos saudáveis e artesanatos.
Oficina de Confecção de iscas para abelhas e extrato de própolis, durante a 19ª edição. Foto: Leandro Taques
O colorido e a qualidade da produção virá de assentamentos e acampamentos do MST, de povos indígenas, de comunidades tradicionais e de coletivos da Economia Solidária. Na edição do ano passado, mais de 30 toneladas de alimentos in natura e industrializados foram comercializadas na feira.
FESTIVAL DO MST Por Terra, Arte e Pão!
Este ano a programação cultural da 20ª Jornada de Agroecologia, recebe o Festival do MST – por Terra, Arte e Pão.
O festival, que teve início como uma resposta à CPI do MST, como uma forma de apresentar à sociedade que a reforma agrária popular é um caminho possível para produzir alimento e combater a fome. Ele já aconteceu em diversas cidades brasileiras onde o movimento reúne música, poesia, desenho, dança, cor, comida sem veneno e a cultura camponesa que conta a história da luta pela Reforma Agrária Popular.
Assim como a Jornada de Agroecologia, no Festival do MST, a arte e a agroecologia são um movimento para construir o futuro. Um grande encontro de lutas, da história da terra, sementes e de muitas vozes!